Festival Cidade da Música em celebração aos 10 anos do título da Unesco
O coração de Salvador
voltou a bater no ritmo das suas múltiplas sonoridades neste fim de semana com
o Festival Internacional Salvador Cidade da Música. De 25 a 27 de outubro, o
Distrito Criativo do Comércio se transformou em um grande palco a céu aberto,
reunindo a Orquestra Afrosinfônica, Carlinhos Brown, Ilê Aiyê, Mariene de
Castro, Olodum e artistas de cidades criativas da Unesco como Valparaíso,
Kingston e Recife.
A vice-prefeita e
secretária de Cultura e Turismo, Ana Paula Matos, destacou a importância
simbólica do momento. “Celebrar dez anos de Salvador como Cidade da Música é
reafirmar nossa identidade e mostrar ao mundo a força criativa que move o nosso
povo. É um festival que gera arte, emprego e renda, e traduz a essência do que
somos: uma cidade que faz da cultura um instrumento de vida e de futuro”,
destacou Ana Paula Matos.
Para Carlinhos Brown, o
festival consagra a pluralidade sonora que tornou Salvador uma referência
mundial. “Esses dez anos da nossa casa, junto com a Orquestra
Afrosinfônica, mostram a mistura e a força que fazem essa cidade ser falada no
mundo inteiro como a verdadeira Cidade da Música”, disse.
O maestro Ubiratan
Marques, da Orquestra Afrosinfônica, reforçou o caráter histórico e educativo
do repertório apresentado. “A gente faz uma viagem que começa nas raízes com
Tia Ciata, passa por Caymmi, João Gilberto, Dodô e Osmar, Tropicália, Raul
Seixas, blocos afro… é um tratado sobre o que é a música brasileira e baiana.”
Entre o público, a emoção
era evidente. O soteropolitano João Nascimento, 42 anos, definiu o sentimento
coletivo. “Ver o Centro tomado pela música, com tanta gente celebrando nossa
história, é o tipo de evento que renova o orgulho de ser de Salvador. Isso aqui
é cultura viva, é a cidade pulsando”, destacou.
O festival reforça a
vocação de Salvador como palco global da música, consolidando o Centro
Histórico como território criativo e vivo, onde passado e futuro se encontram
em harmonia.
