Câmara aprova quatro projetos do Executivo com votos contrários da oposição
A 71ª Sessão Ordinária da
Câmara Municipal de Salvador, na tarde desta quarta-feira (22), aprovou quatro
projetos do Executivo e proposições de vereadores, entre projetos de lei,
indicações e moções. Os trabalhos foram conduzidos pelo presidente da Casa,
vereador Carlos Muniz (PSDB).
O Projeto de Lei nº
394/25, que trata do Plano de Saneamento Básico Integrado do Município de
Salvador, contém três emendas acatadas em plenário e voto contrário da
oposição. O PL nº 424/25, que altera dispositivos das leis nº 9.281/2017 e nº
9.148/2026 (LOUOS) e permite flexibilização nas regras de construção na orla
marítima de Salvador, com duas emendas, também foi aprovado, com votos
contrários da oposição, sendo o último com voto desfavorável também do
vereador André Fraga (PV).
Foram aprovadas
ainda as proposições de nº 04/25, que institui o Plano Diretor de
Tecnologias da Cidade Inteligente de Salvador (PDTCI) e altera a denominação da
Companhia de Governança Eletrônica do Salvador (Cogel), e a de nº 396/25, que
altera e acrescenta dispositivos à Lei nº 7.186, de 27 de dezembro de 2006,
Código Tributário e de Rendas do Município do Salvador, à Lei nº 9.767, de 30
de novembro de 2023, Programa Renova Centro, com cinco emendas aprovadas em
plenário. O bloco da oposição também se manifestou e votou contrário.
Para a líder da oposição,
vereadora Aladilce Souza (PCdoB), todos os quatro assuntos tratam de pautas
caras para a cidade, cuja expectativa é que fossem apreciadas no Plano de
Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). "Portanto, não deveriam ter sido
votadas em separado, com um fatiamento da política de desenvolvimento da nossa
cidade. A Câmara, por exemplo, não fez o seu dever de casa de não abrir o amplo
debate com a sociedade", disse.
Corroborando, o integrante
do PSOL, vereador Hamilton de Assis, considerou, por exemplo, a possibilidade
de privatização do sistema de abastecimento de água e esgoto, com aprovação do
PL que institui a Política Municipal de Saneamento Básico.
A líder Aladilce também
classificou como “jabuti” a emenda ao PL nº 424/25, o que teria causado
“insegurança” à oposição para eleitor de forma favorável. A vereadora foi
rebatida pelo vereador Daniel Alves (PSDB), presidente da Comissão de Finanças,
Orçamento e Fiscalização, que esclareceu que o ajuste ao projeto “se fez,
exatamente, para sanar qualquer sombreamento, construção em faixa de areia” das
praias da capital baiana.
