Vereadora Aladilce comenta sobre a decisão TJBA em suspender doutorado de Giovanna Victer
Líder da bancada da
oposição na Câmara de Salvador, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) classificou
como “bastante acertada” a decisão do juiz Glautemberg Bastos Luna, da 15ª Vara
da Fazenda Pública, que concedeu liminar suspendendo o pagamento com recursos
públicos do curso de doutorado da secretária municipal da Fazenda, Giovanna
Victer, no valor de R$183,1 mil.
“O privilégio foi assinado
pela própria beneficiada, sem licitação (inexigibilidade) e sem transparência.
Nós questionamos logo no início do mês e até o momento não recebemos qualquer
satisfação por parte da Sefaz”, frisou Aladilce.
Segundo ela, chama atenção
também o fato do doutorado que seria pago pela prefeitura ser ministrado pela
Fundação Getúlio Vargas, mesma instituição contratada, com dispensa de
licitação, por R$3,5 milhões, para a revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento
Urbano (PDDU), que ainda não foi encaminhado à Câmara.
O juiz argumenta que, com
a liminar, expedida até que seja julgado o mérito da denúncia, "não
causará prejuízo irreversível à beneficiária, que poderá custear o curso com
recursos próprios, preservando-se o erário até o julgamento de mérito. A medida
atende ao interesse público na preservação dos recursos municipais e na
observância dos princípios constitucionais que regem a administração
pública".
A denúncia, formalizada
pelos advogados Ivando Antunes da Silva e Marcos da Silva Carrilho Rosa, adota
sustentação também formulada por Aladilce no ofício à Sefaz, questionando o
benefício à secretária, que sequer é funcionária de carreira do órgão, em detrimento
de servidores públicos que também mereceriam investimento na qualificação
profissional. A medida, de acordo com o juiz, “viola os princípios
constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência”.
