Nova Lei do Feminicídio completa um ano
Feminicídio e nova
legislação de violência contra a mulher foram temas do CB.Poder —
parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — desta
terça-feira (23/09). A convidada, senadora Margareth Buzetti (PP/MT), ativista
em defesa das mulheres no Senado, foi entrevistada pelos jornalistas Denise
Rothenburg e Carlos Alexandre de Souza. A parlamentar falou sobre os benefícios
da lei e explicou os impactos de sua aplicação.
A senadora aprovou três
leis contra a violência de gênero no Congresso, dentre elas, a Lei do
Feminicídio que completa um ano hoje. Ela explicou a importância e mudanças na
legislação: “Antes a lei era uma qualificadora do homicídio, agora
feminicídio é um crime autônomo, com pena mínima de 20 anos e máxima de 40
anos. Com ela, o feminicida não terá direito à visita íntima, terá que cumprir
55% da pena em regime fechado e, se for reincidente de qualquer outro crime,
vai cumprir 60% da pena em regime fechado. Ele perde o pátrio poder dos filhos
e o direito a cargo público enquanto estiver preso. A lei ficou bem mais ampla
e rígida”.
Segundo a ativista, em
2025, a agilidade da Justiça em condenações de violência contra a mulher
aumentou em 41%. “Daqui mais um ano, vamos ver muitas condenações com a nova
lei”, afirmou.
O primeiro caso com
condenação na nova legislação ocorreu em Samambaia, Distrito Federal.
Margareth se mostrou contente com o resultado: “O criminoso foi condenado a 43
anos de prisão. Comemorei muito, porque foi a primeira condenação pela nova
lei. É para eles entenderem que isso não é mais cometer o feminicídio, pegar
vinte anos, depois de um tempo conseguir uma progressão e ser solto. Agora terá
que cumprir 55% da pena em regime fechado”. (Fonte: Correio Braziliense).
