Cidade de Capela no interior baiano é referência sem homicídios afirma delegado

A cidade de Capela do Alto
Alegre, no interior da Bahia, registrou nesta quarta-feira (7), a marca de 469
dias consecutivos sem registros de homicídios ou tentativas de homicídios, de
acordo com dados da Polícia Civil do Estado.
O levantamento, realizado
pela Delegacia Territorial (Depol) local, que faz parte da 15ª Coordenadoria
Regional de Polícia do Interior (Coorpin), indica que o último crime desse tipo
foi registrado em 24 de janeiro de 2024.
O delegado João Rodrigo
Uzzum, titular da Delegacia Territorial de Capela do Alto Alegre, concedeu uma
entrevista ao repórter Sotero Filho, do site Casos de Polícia FSA,
e destacou que o resultado positivo na segurança do município é fruto das ações
integradas entre as polícias Civil e Militar, com foco nas operações de
inteligência.
“A cidade pequena, localizada
na região Cisaleira da Bahia, próxima a Serrinha, entre Ipirá e Riachão do
Jacuípe. É um município que já enfrentou sérios problemas relacionados ao
tráfico de drogas e a um número preocupante de homicídios, considerando sua população
de cerca de 16 a 17 mil habitantes”, iniciou o delegado.
Sufocando o Tráfico, o
Resultado é a Diminuição dos Homicídios
“O combate ao tráfico de
drogas tem sido fundamental para a redução dos homicídios. Os traficantes ou
estão na cadeia, ou mortos em confronto com a polícia. Parte desses indivíduos
também acaba deixando a localidade, pois percebem que a situação não é mais
favorável para eles”, explicou o delegado. Ele acrescentou que esse foi o
cenário vivido em Capela do Alto Alegre. “A ação firme e constante, aliada ao
trabalho de investigação, fez com que muitos inquéritos que estavam na unidade
fossem encaminhados para a justiça. Pessoas foram julgadas, e a atuação do
poder judiciário também teve grande importância. Houve uma mudança
significativa na atuação da justiça local, com vários tribunais do júri já
realizados no município. Pessoas que, há muitos anos, haviam cometido
homicídios e viam seus processos parados, agora presenciaram julgamentos e
condenações. Tudo isso tem um impacto direto na sociedade, promovendo a
pacificação e a sensação de segurança”, afirmou.