Vereadora Ireuda Silva comemora prisão por racismo de atleta do América MG

A vereadora de Salvador,
Ireuda Silva (Republicanos), autora do projeto que deu origem à lei municipal
que instituiu o Dia de Combate ao Racismo no Esporte, comemorou a prisão do
jogador boliviano Miguel Terceros, do América-MG, ocorrida no domingo (5), após
denúncia de injúria racial durante uma partida da Série B do Campeonato
Brasileiro, em Ponta Grossa (PR). O caso, que teve como vítima o meia Allano,
do Operário-PR, representa a primeira prisão em flagrante por racismo no
futebol em 2025.
“Este episódio mostra que a
impunidade pode estar com os dias contados. Pela primeira vez neste ano, vemos
uma ação imediata e firme diante de uma denúncia de injúria racial em campo.
Isso é resultado de muita luta, de pressão da sociedade e de legislações que
fortalecem o combate ao racismo”, afirmou Ireuda, que é presidente da Comissão
de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Salvador e
vice-presidente da Comissão de Reparação.
A vereadora também destacou a
importância da lei municipal, como instrumento de conscientização e
enfrentamento da discriminação no esporte: “O Dia de Combate ao Racismo no
Esporte não é simbólico. É uma data para refletirmos e reforçarmos ações
concretas que garantam que o ambiente esportivo seja um espaço de respeito,
inclusão e dignidade. Ninguém deve ser humilhado por sua cor de pele — nem nas
arquibancadas, nem nos gramados, nem em lugar algum”.
Ireuda ainda elogiou a
postura da arbitragem e das autoridades policiais no caso. “A aplicação do
protocolo antirracismo pela CBF e a prisão em flagrante são sinais de que, aos
poucos, estamos avançando. Mas é preciso continuar vigilantes, cobrando justiça
e promovendo educação antirracista em todos os níveis”.