Maternidade biologicamente compartilhada

Mulheres com relacionamentos
homoafetivos podem viver a maternidade compartilhada através do método ROPA
A busca pela maternidade entre casais homoafetivos femininos tem crescido
significativamente nos últimos anos com os avanços da medicina reprodutiva. E
se antes apenas uma das mães estava biologicamente relacionada à criança, numa
relação monoparental, hoje é possível que ambas as mães possam participar
ativamente da concepção e do desenvolvimento do recém-nascido, reforçando a
ideia de família compartilhada.
De acordo com Dra Wendy Delmondes, médica especialista em Reprodução Humana, o
método ROPA (Recepção de Ovócitos do Parceiro) também conhecido como FIV
(fertilização in vitro) compartilhada lésbica, consiste em uma técnica de
reprodução assistida para casais femininos, na qual uma das parceiras fornece
os ovócitos (doadora, provedora de óvulos, parceira doadora ou mãe genética) e
a outra recebe o embrião e o gesta (receptora/gestante ou mãe gestacional).
Este método permite a esses casais compartilhar a maternidade biológica ,
onde uma parceira é a mãe genética e a outra é a mãe gestacional. "Este
método permite um envolvimento ativo de ambas na concepção do filho, nos
níveis físico, mental e emocional, sem que nenhuma delas seja mera espectadora.
Uma delas fará a estimulação ovariana e a coleta de óvulos, enquanto a parceira
realizará a gravidez", explica.
A especialista ressalta que a autonomia das pacientes é um princípio
fundamental na escolha do tratamento. "A ROPA permite que cada mulher
escolha seu papel no processo reprodutivo, respeitando seus desejos e
necessidades individuais