Histórias inspiradoras reacendem sonhos e constroem futuros por meio da educação

No dia 28 de abril, celebra-se o Dia Mundial da Educação, uma data que convida à reflexão sobre o papel do conhecimento na construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e preparada para o futuro. Em um país onde cerca de 11 milhões de brasileiros com mais de 15 anos ainda não sabem ler ou escrever, segundo dados do IBGE, iniciativas que promovem o acesso à educação, especialmente em regiões historicamente vulneráveis como o Nordeste, ganham ainda mais relevância.
Um exemplo inspirador vem do interior da Bahia. Maria de Lurdes dos Anjos, 58 anos, moradora de Agustina, retomou os estudos depois de décadas longe da escola. Cuidadora de idosos, ela viu no conhecimento a oportunidade de conquistar mais autonomia e autoestima. Hoje, participa do Programa de Alfabetização e Letramento de Jovens e Adultos, promovido pelo Instituto Yduqs em parceria com a Estácio. “Aprendi a ler muito rápido. As professoras sempre me ajudam, e me sinto acolhida na sala de aula. Agora tenho mais domínio da leitura e da escrita. Estou muito feliz”, conta emocionada.
No Ceará, o conhecimento também se materializa em ações coletivas por meio do Projeto Bons Vizinhos, da UniFanor Wyden, em Fortaleza. Criado em 2010, o projeto envolve alunos e professores de diferentes áreas do conhecimento em atividades que promovem saúde, cidadania e acesso a direitos em comunidades periféricas da capital cearense. Cerca de 25 estudantes participam a cada semestre, impactando até mil pessoas por período letivo. “É uma formação que vai além da sala de aula. Criamos vínculos reais com as comunidades e mostramos aos alunos como a educação pode ser ferramenta de transformação social”, explica Ozangela Arruda, pró-reitora de Pesquisa e Extensão da instituição.
Já no Maranhão, a educação universitária ultrapassou os muros da faculdade e ganhou força na zona rural de Imperatriz. O time Enactus UniFacimp Wyden criou cinco projetos sustentáveis na comunidade do Açaí Km 1700, reaproveitando o caroço do açaí – fruto típico da região – para desenvolver produtos como café, tijolos e armações de óculos. A iniciativa já alcançou aproximadamente 90 famílias, reduziu o desperdício e impulsionou o empreendedorismo local. Reconhecido duas vezes como campeão nacional no Encontro Enactus Brasil (Eneb), o grupo representou o país em competições internacionais em Porto Rico e no Cazaquistão. “Somos poucos, mas temos um propósito forte: gerar impacto real onde mais precisa”, afirma Raiana Luz, professora e conselheira do time.
Neste Dia Mundial da Educação, as histórias de Maria, dos alunos da UniFanor Wyden e dos jovens da UniFacimp Wyden nos lembram que educar é mais do que ensinar: é transformar destinos, comunidades e realidades inteiras.