Agricultura Familiar ganha espaço na Páscoa com produtos artesanais e sustentáveis

Na Bahia, o que começa na
sombra das cabrucas se transforma em chocolate de alta qualidade, gerando
renda, inclusão e oportunidades para milhares de agricultores familiares. A
força do cacau produzido de forma sustentável tem colocado o estado no mapa dos
melhores chocolates do Brasil e, por trás desse avanço, está o fortalecimento
de todo o sistema produtivo do cacau, impulsionado pelos investimentos do
Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional
(CAR).
A produção de chocolates da
agricultura familiar foi o tema do episódio do Podcast Agricultura Familiar, da
CAR, nesta terça-feira (15), no canal CARBahia, no YouTube. A edição destacou o
protagonismo das cooperativas baianas no fortalecimento da cacauicultura e na
criação de produtos com alto valor agregado, com sabor, identidade e
sustentabilidade. E a Páscoa chega em ritmo acelerado para essas organizações
produtivas, com expectativa de aumento nas vendas e novidades que reforçam o
compromisso com a inclusão e a inovação no campo.
Este ano, a Natucoa
Chocolates, marca da Coopessba (Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia),
lançou os ovos de Páscoa veganos, produzidos com chocolate de origem e
ingredientes naturais. A produção inclui três sabores: chocolate ao leite de
coco com licuri (270g), chocolate branco com cereja (170g) e chocolate branco
com pistache (170g), com 500 unidades de cada. A expectativa é de um
crescimento de 30% nas vendas em relação à última Páscoa. Os ovos podem ser
adquiridos no site www.natucoa.com.br.
Outra referência no segmento
é a Bahia Cacau, marca da Coopfesba (Cooperativa da Agricultura Familiar e
Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado e Adjacências), sediada em Ibicaraí.
Este ano, a cooperativa está produzindo 1.800 ovos com teores de 50% e 70% de
cacau, disponíveis em versões de 180g, 200g e 250g. A produção está sendo
impulsionada por encomendas feitas por empresas e atacadistas, com expectativa
de crescimento nas vendas de 7% a 10%. Os produtos podem ser encontrados nas
lojas físicas da cooperativa em Ibicaraí, Itabuna e Vitória da Conquista, e no
Empório da Agricultura Familiar, em Salvador, ou adquiridos on-line pelo
site www.mercaf.com.br.
Esses avanços foram possíveis
com os investimentos do Governo da Bahia, por meio da CAR, empresa pública
vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), que estruturou as
agroindústrias da Coopessba e da Coopfesba, com equipamentos modernos e apoio
técnico, permitindo o aproveitamento total das amêndoas de cacau produzidas por
agricultores familiares. Com isso, essas cooperativas deixaram de vender apenas
matéria-prima e passaram a transformar o cacau em chocolates de alto valor
agregado.
“A gente vem conseguindo
agregar valor ao nosso produto com muito orgulho. O cacau deixou de ser só uma
commodity e passou a ser transformado com afeto e técnica. Nossos chocolates
veganos, por exemplo, mostram que dá pra inovar e, ao mesmo tempo, respeitar o
meio ambiente, a saúde e a tradição das comunidades”, afirmou Carine Assunção,
diretora administrativa da Coopessba, em sua participação no podcast.
Josivaldo Dias, gerente
comercial da Bahia Cacau, também destacou a importância da estruturação da
agroindústria: “O apoio da CAR foi decisivo para ampliarmos nossa produção e
garantirmos que os produtores recebessem mais pela sua amêndoa de cacau. Hoje,
produzimos chocolates com alto teor de cacau e padrão internacional, mostrando
que a agricultura familiar pode ser sinônimo de excelência.”
Com políticas públicas bem
direcionadas, a Bahia avança na consolidação de um sistema produtivo do cacau
que respeita o bioma, gera oportunidades, valoriza as tradições e produz
chocolates que conquistam consumidores cada vez mais atentos à origem e ao modo
de produção dos alimentos que consomem.