Sesab visita Uberlândia para conhecer modelo integrado de atenção a doenças crônicas

Em visita oficial realizada
nos dias 7 e 8 de abril, a secretária da saúde da Bahia, Roberta Santana,
esteve em Uberlândia, interior de Minas Gerais, para conhecer de perto o modelo
de integração entre Atenção Primária, Atenção Especializada e Atenção Hospitalar
desenvolvido no município mineiro. A cidade é referência nacional na aplicação
da metodologia de planificação da atenção à saúde para o enfrentamento de
doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.
A agenda incluiu reuniões com
o secretário municipal de Saúde, visitas técnicas a unidades básicas,
ambulatórios e à Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro. O roteiro foi
acompanhado por representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(Conass), do Hospital Israelita Albert Einstein — parceiro técnico do projeto —
e por técnicos das secretarias estaduais da Bahia e de Sergipe.
“Viemos conhecer uma
experiência concreta de integração do cuidado. É uma rede diferente da nossa,
sem UPA, sem SAMU, mas possui uma Unidade de Atendimento Integrado (UAI) que
funciona associada a uma UBS, com perspectiva de ser transformada em UPA. Além
disso, possui maternidade e hospital municipal. As iniciativas demonstram
caminhos possíveis para reorganizar os serviços e melhorar os resultados na
linha das doenças crônicas”, afirmou Roberta Santana.
A visita acontece em meio às
discussões internas da Secretaria da Saúde da Bahia sobre a ampliação da
estratégia de planificação no estado. Atualmente, a metodologia é aplicada na
região de Valença, com 11 municípios participantes. Há tratativas em curso para
retomar o projeto na região de Simões Filho e para incluir novos territórios,
como Ilhéus.
Segundo a secretária, o
desafio não é apenas expandir, mas garantir infraestrutura, equipes
qualificadas e retaguarda técnica. “Não se trata de replicar o modelo. Trata-se
de adaptar a metodologia à realidade baiana, de forma responsável, integrada ao
nosso programa Mais Atenção Primária”, disse.
A experiência de Uberlândia,
considerada referência pelo Conass, combina organização territorial,
estratificação de risco, protocolos assistenciais e articulação direta entre os
serviços de base e os hospitais. O município aboliu o modelo tradicional de UPAs
e opera com unidades híbridas de atenção contínua e ambulatorial especializada.
A iniciativa reforça o
esforço da gestão baiana em buscar soluções concretas para qualificar a rede
SUS estadual, especialmente na atenção às doenças crônicas, que continuam entre
as principais causas de internações e mortes evitáveis no Brasil.