Golpe do consórcio 05 pessoas são presas em Salvador

A
Polícia Civil da Bahia, por meio do Departamento Especializado de Investigações
Criminais (Deic), através da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), prendeu
cinco pessoas em flagrante pelos crimes de propaganda enganosa, estelionato,
organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A
prisão foi realizada após investigações iniciadas a partir de denúncias feitas
por um influenciador digital, que alertou sobre um grupo criminoso suspeito de
extorquir pessoas por meio de anúncios falsos de venda de imóveis em
aplicativos. As vítimas eram pressionadas a efetuar pagamentos sucessivos de
valores, sob a alegação de serem taxas administrativas relativas à aquisição de
imóveis, uma modalidade criminosa conhecida como “golpe do consórcio”.
As
vítimas visitavam os supostos imóveis e realizavam repasses financeiros, sem
nunca receberem comprovação de documentos que confirmassem a negociação do bem
prometido.
Após
diligências no endereço onde o escritório funcionava, na Avenida Antônio Carlos
Magalhães, os policiais constataram que outras pessoas estavam sendo induzidas
a realizar pagamentos em nome de uma empresa de fachada, supostamente vinculada
à venda de imóveis. No local, foram identificados os suspeitos que estavam
diretamente envolvidos no atendimento às vítimas. Também foram apreendidos
documentos, contratos e dispositivos eletrônicos.
Ao
todo, 11 pessoas foram conduzidas à delegacia, e após investigações, cinco
delas foram presas em flagrante pelos crimes de propaganda enganosa,
estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O
grupo criminoso era estruturado e hierarquizado, com foco na prática de crimes
de estelionato contra consumidores. Os integrantes da quadrilha simulavam a
venda de imóveis e induziam as vítimas a firmarem contratos de suposta
consultoria.
Os
suspeitos já estavam sendo monitorados pela Decon há meses, e cerca de 120
ocorrências foram registradas contra eles. O prejuízo das vítimas varia com
valores que iam de R$ 5 mil até R$ 1 milhão.
Entre
os materiais apreendidos, estão a quantia de R$ 18 mil reais, dois pen drives,
dois carros, uma caixa contendo diversos contratos de consultoria financeira,
vários cadernos de anotações, 14 carregadores de notebook, sete celulares, 15
notebooks, três máquinas de cartão de crédito e 11 CPUs.
O
material apreendido será encaminhado para análise e os presos passarão por
exames de praxe e ficarão à disposição do Poder Judiciário.