Bairro do Comércio vai sediar a 4ª edição do Projeto MURAL em Salvador

Entre os dias 4 e 6 de abril, Salvador será palco da 4ª edição do Projeto MURAL (Movimento Urbano de Arte Livre). A iniciativa, que já transformou a paisagem da região do Comércio com 19 laterais e fachadas de prédios transformados em verdadeiras telas de obras de arte, retorna neste ano com uma programação ampliada, novos murais e ações interativas para o público.

Realizado pela Prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), e contemplado pela Lei de Incentivo Municipal Viva Cultura, o MURAL tem como objetivo democratizar o acesso à arte, revitalizar espaços urbanos e valorizar artistas visuais locais e nacionais.

Nesta edição, quatro novos mega murais serão produzidos em fachadas de prédios daquela região, que, inclusive vem sendo transformada pela gestão municipal, a exemplo da requalificação do Mercado Modelo, a construção da Casa das Histórias de Salvador, da Cidade da Música da Bahia e da reforma da Praça Maria Felipa, além da criação da Escola de Música e Artes Letieres Leite e a Sala de Espetáculos — estes dois últimos em andamento.

O projeto também ganhou um novo formato, funcionando como um festival de arte urbana. Pela primeira vez, de acordo com Vanessa Vieira, idealizadora e curadora do MURAL, haverá uma exposição documental sobre as edições anteriores, uma feira de arte e criatividade, além de bate-papos, oficinas e apresentações musicais, que serão realizadas no Polo de Economia Criativa, o Doca 1. A entrada será gratuita.

Vanessa explica que um dos critérios para que os prédios se tornem murais artísticos é a visibilidade para a rua, para que mais pedestres e motoristas que se deslocam entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa tenham a chance de contemplá-los. “A ideia é democratizar o acesso à arte, levando-a para espaços públicos e de grande circulação. Buscamos fachadas que tenham um fluxo considerável de pedestres e veículos para garantir que as obras alcancem um público amplo”, pontua.

Artistas - Entre os artistas convidados para pintar as fachadas, destacam-se nomes reconhecidos nacional e internacionalmente. O duo Acidum Project, do Ceará, trará, por exemplo, sua experiência global para um intercâmbio cultural com artistas locais. Outra grande novidade é a participação da artista indígena Ayako Nantusha, que vem se destacando no cenário nacional. Já o artista baiano Éder Muniz, que participou da primeira edição do MURAL, retorna para criar uma nova obra, que será em homenagem à biodiversidade da Amazônia Azul.

“Nesta edição, começamos a expandir para além da região do Comércio. O projeto nasceu com a intenção de contribuir para a revitalização dessa área portuária tão importante para a história da Bahia e de Salvador, especialmente no que diz respeito à arquitetura e às artes. O objetivo era chamar a atenção tanto dos gestores públicos quanto da população para a relevância dessa região. Se observarmos, encontramos ali um verdadeiro registro histórico da arquitetura baiana, com edifícios de diferentes períodos e estilos”, comenta a idealizadora

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