Presidente da UPB é investigado pela polícia federal sob suspeita de compra de votos para esposa

O presidente União dos Municípios da Bahia (UPB), Quinho (PSD), e a esposa Léia Meira (PSD), vereadora em Vitória da Conquista, são investigados pela Polícia Federal sob suspeitas de possíveis crimes de compra de votos e lavagem de dinheiro, na eleição de 2024.
Quinho e Léia pediram foro especial para que o caso fosse julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), não pela 39ª Zona Eleitoral de Vitória da Conquista, onde o inquérito está no momento. No entanto, o juiz Rodrigo de Souza Britto negou a solicitação, em decisão proferida no dia 11 de março.
Conforme investigação, a PF apura origem do recursos no montante de R$ 1 milhão, que teriam sido utilizados no suposto esquema. Parte do recursos foram titulados para a compra de votos e desvio de recursos de financiamento eleitoral, com utilização de candidaturas laranja.
O inquérito policial, lavrado em outubro do ano passado, indica que eleitores recebiam os valores em espécie de R$ 100 e R$ 150 para votar na candidata Léia.
O suposto crime acontecia, inclusive, no comitê de campanha da candidata, posteriormente eleita vereadora com 4.272 votos, resultado que a colocou como a segunda mais votada na cidade.
Policia federal, também investiga possível transferência irregular de mais de dois mil eleitores de Belo Campo, cidade de Vitoria qual era prefeito Quinho. O inquérito também apura o uso de ao menos seis supostas candidaturas laranjas para receber recursos do fundo partidário do PSD, por meio de cotas para mulheres. Cinco delas teriam recebido verbas públicas. Estes valores se somariam aos R$ 80 mil recebidos oficialmente por Léia por meio do dispositivo. No total, o montante investigado chega a R$ 460 mil. Os repasses feitos às candidaturas são entre oito a dez vezes menores do que os realizados às candidatas da mesma legenda.
A investigação indica haver indícios que sustentam que as campanhas receberam maior volume de verbas na campanha de Léia.