Sétima fase da ‘Operação Mute’ é deflagrada no Conjunto Penal de Juazeiro

O Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA),
em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização
(Seap) e a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen),
participou da 7ª fase da ‘Operação Mute’, deflagrada no Conjunto Penal de
Juazeiro durante os dias 19 e 20 de março. As buscas alcançaram toda o
estabelecimento prisional, com a revista dos 1.158 custodiados. Foram
apreendidos no interior das celas, sete celulares, 10 carregadores, oito fones,
oito cabos USBs, um chip, 14 gramas substância análoga a maconha, 70 gramas
substância análoga a cocaína.
dois "chunchos" e anotações
diversas.
A operação contou com a atuação de mais de 40
policiais, incluindo equipes dos Grupos de Atuação Especial de Combate às
Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e de Atuação Especial
de Execução Penal (Gaep) do MPBA, da Coordenação de Monitoramento e Avaliação
do Sistema Prisional (CMASP), que integra o Grupo de Segurança Institucional
(GSI) da Seap, e do policiamento penal ordinário, sob a coordenação da
Superintendência de Gestão Prisional (SGP), por meio da Diretoria de Segurança
Prisional (DSP).
O objetivo das revistas foi impedir a
permanência de materiais ilícitos e eletrônicos na unidade, eliminando qualquer
possibilidade de comunicação e articulação dos internos com criminosos do lado de
fora. A retirada desses itens também visa garantir a ordem e disciplina no
sistema prisional, buscando enfraquecer a atuação de organizações criminosas e,
consequentemente, os índices de violência no Estado da Bahia. As ações em
Juazeiro também contou com o apoio da Polícia Militar, por meio da 74ª
CIPM/Juazeiro, da CIPE Caatinga e do Comando do Policiamento da Região Norte. A
responsabilidade pela entrada de materiais ilícitos no Conjunto Penal segue sob
investigação da Seap.
A ‘Operação Mute’ acontece simultaneamente em
mais de 100 unidades prisionais no Brasil desde 2023 e é a maior operação
realizada pela Senappen, em termos de número de estados participantes,
quantidade de policiais envolvidos e unidades prisionais revistadas. As seis
fases anteriores, realizadas até novembro de 2024, resultaram na apreensão de
5.380 celulares usados para comunicação ilícita no interior dos presídios do
país, além de outros objetos proibidos no âmbito prisional.