Justiça anula processo contra Senador Jaques Wagner na Lava Jato

A
2ª Vara Criminal da Justiça Federal de Salvador validou, nesta sexta-feira
(14), o arquivamento do processo contra o senador Jaques Wagner, no âmbito da
operação Lava Jato, por concluir que, após quase sete anos, não encontrou
qualquer indício de envolvimento do senador para dar continuidade às
investigações.
Senador Wagner era investigado por suposta lavagem de dinheiro,
no âmbito da operação Cartão Vermelho, que apura desvio de recursos na
reforma do estádio Arena Fonte Nova, em Salvador, usado na Copa de 2014.
A operação,
deflagrada pela Polícia Federal (PF) em fevereiro de 2018, apura
irregularidades e superfaturamento na contratação dos serviços de demolição,
reconstrução e gestão do estádio
O
juiz federal Fábio Moreira Ramiro afirmou que “não há evidências concretas que
sustentem as acusações”. O Ministério Público Federal (MPF), inclusive, já
havia se manifestado no mesmo sentido, por não haver nenhum elemento de
irregularidade ligado a Wagner.
Presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden
Valadares, criticou a perseguição política aos petistas por parte dos membros
da Lava Jato, que tiveram muitas das suas decisões anuladas pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), por constatar as ações da operação, então juiz federal
e atual senador Sergio Moro, como um dos maiores erros judiciais da história do
Brasil. “Wagner foi vítima da maior farsa política e fraude jurídica do Brasil.
Um processo que tinha evidentes e comprovados vícios, objetivos políticos e
resultou na chegada de Moro e Bolsonaro ao poder”, destacou Éden.
O dirigente estadual lamentou a interferência com
pretensões políticas no judiciário para perseguir e tentar destruir a reputação
de políticos íntegros, como o senador. “Quando a política entra em um tribunal,
a justiça sai pela janela. E infelizmente foi isso que aconteceu. Wagner foi
alvo de uma campanha desonesta por ser o grande quadro que é do PT na Bahia e
no Brasil. Essa é a verdade”, concluiu Éden.