‘Operação Guardião Fiscal’ é deflagrada contra organização criminosa que fraudava sistema tributário em Juazeiro

A pedido do MPBA, a Justiça
determinou a indisponibilidade de R$1 milhão em bens dos investigados
O Ministério Público do
Estado da Bahia deflagrou na manhã de hoje, dia 18, em Juazeiro a ‘Operação Guardião’ por meio do Grupo de
Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações
Criminais Norte (Gaeco Norte). A ação cumpriu dois mandados de busca e
apreensão nos endereços residenciais de um ex-funcionário terceirizado da
Secretaria da Fazenda do Município (Sefaz) e de um advogado. A pedido do MPBA,
a 1ª Vara Criminal da Comarca de Juazeiro também determinou a indisponibilidade
de bens e ativos dos investigados, que chegam a totalizar R$ 1 milhão.
Os dois suspeitos são
apontados como integrantes de uma organização criminosa responsável por fraudar
o sistema do órgão fazendário municipal, com o objetivo de reduzir ou excluir
obrigações tributárias, como tributos e multas, bem como permitir vantagens
indevidas a particulares. As investigações encontraram indícios da existência
de um esquema fraudulento que envolveria a manipulação indevida do Sistema de
Tributos da Fazenda do Município de Juazeiro, com a prática dos crimes de
estelionato contra a Fazenda Pública, uso de documento falso e inserções de
informações falsas em sistema. As investigações trabalham com a possibilidade
da existência de outros núcleos, envolvendo autoridades, corretoras e
servidores públicos.
De acordo com as
investigações, o grupo atua há pelo menos dois anos, tendo praticado as
primeiras fraudes já em 2022, e era dividido em dois núcleos principais: os
operadores do sistema, que realizam operações fraudulentas, e os facilitadores,
que fazem a intermediação entre os contribuintes e os operadores. O esquema
funcionava a partir do momento em que um contribuinte procurava um facilitador,
geralmente um despachante, para resolver um problema tributário; então, o
facilitador, integrante da organização criminosa, acionava um operador do sistema
para reduzir ou excluir o débito de forma ilícita. Estima-se que o prejuízo aos
cofres públicos seja de aproximadamente R$ 1 milhão.