Executivo sanciona lei que cria a Bahia Filmes, primeira empresa estadual de audiovisual do Brasil

Luz, câmera e transformação! Está criada a Bahia Filmes,
primeira empresa estadual do país voltada para o fomento ao audiovisual. O
governador Jerônimo Rodrigues sancionou, nesta quinta-feira (13), a lei que
institui a Bahia Filmes. A cerimônia, realizada no Cine Glauber Rocha, em
Salvador, contou com a presença de representantes do setor audiovisual e
membros do grupo de trabalho responsável pela elaboração do projeto, além de
secretários e gestores estaduais.
Durante o
evento, o governador Jerônimo Rodrigues destacou a importância da nova empresa
para o fortalecimento da produção local. “Eu tenho plena convicção que a Bahia
é um grande polo produtor e é bom quando o Estado faz dessa forma, garantindo a
institucionalidade de uma empresa que vai ajudar a realizar editais, estimular,
capacitar. A intenção nossa é pegar as mãos e juntar às pessoas que produzem,
mas que não têm a oportunidade de com a qualidade que um roteiro merece. Agora
nós temos”, considerou o governador.
Com um aporte estadual de R$ 22 milhões ao ano, a Bahia Filmes
surge como uma estrutura dinâmica voltada para a valorização e dinamização do
setor audiovisual baiano, oferecendo suporte às iniciativas do setor privado e
fortalecendo uma atividade econômica, com grande potencial de desenvolvimento
para o estado.
O secretário
de Cultura, Bruno Monteiro, ressaltou que a criação da empresa proporcionará
melhores condições de estrutura e investimento para os produtores locais, além
de fortalecer a identidade cultural baiana.
“A Bahia
Filmes vem para reafirmar a importância do audiovisual baiano, mas, sobretudo,
o pioneirismo da Bahia em inovar com legislações e com estruturas que valorizam
a cultura e a economia criativa, nesse momento em que o Brasil vive a retomada
das políticas culturais”, afirmou. De acordo com ele, sem a organização do
Estado, o setor movimentou mais de R$ 160 milhões. Com a criação da empresa,
que vai organizar toda a cadeia do audiovisual, a expectativa é dar um salto de
qualidade na preservação de histórias, na formação de pessoas, mas também na
geração de emprego e no desenvolvimento do Estado.
Com o objetivo de articular investimentos, a empresa se
concentrará na captação de recursos federais, do Estado e do setor privado,
utilizando instrumentos como o Fundo Setorial do Audiovisual e as Leis de
Incentivo. A estratégia visa também induzir a ação do poder público em prol do
crescimento do setor. Ela atuará tanto em parceria com o poder público quanto
com entidades privadas já estabelecidas no mercado. Nos últimos anos, essas
entidades conseguiram atrair cerca de R$ 160 milhões para produções na Bahia,
destacando a relevância da colaboração entre os setores.
O
cineasta e diretor do Museu de Arte da Bahia (MAB), Pola Ribeiro, este é um
projeto que beneficia não só o audiovisual. A ideia de ter uma empresa é muito
bom para aproveitar o máximo de oportunidades, ter respostas rápidas e
enfrentar também as assimetrias de um estado imenso como a Bahia, que tem
potencialidade, que precisa ser alimentado pelo seu desenvolvimento em todos os
campos, em todos os territórios, não só em Salvador”, pontuou o cineasta e
diretor do Museu de Arte da Bahia (MAB), Pola Ribeiro.