Governador Jerônimo participa do cortejo na Festa de Yemanjá e entrega presente

Janaína, Mikaiá, Yemanjá são
alguns dos nomes que revelam a irreverência da divindade cultuada nas
diferentes nações de candomblé que levam centenas de pessoas à tradicional
Festa de Yemanjá, neste domingo (2), em Salvador. O governador Jerônimo
Rodrigues acompanhou o cortejo, junto às lideranças religiosas, no começo da
manhã e realizou a entrega do seu presente à rainha das águas.
“Esse é um dia que a gente vê
a fé das pessoas na entrega do seu presente. É um momento de fazer pedidos à
rainha do mar, agradecer, e um governo com um estado com essa característica
não pode fazer diferente. Assim como temos respeito às outras religiões, a
gente veio entregar um balaio, ofertando presentes a Yemanjá, e pedir paz,
emprego para o povo brasileiro, tranquilidade e saúde. O Estado continua
fazendo a sua parte, sem dúvida, mas a gente também deposita nossa fé, nossa
esperança, para que a gente tenha um ano de 2025 de muita tranquilidade”,
compartilhou o chefe do executivo baiano sobre o seu pedido.
A carioca Denise Seabra, de
53 anos, participou da festa pela primeira vez e se emocionou com cada detalhe.
“A festa é linda, emocionante. É a primeira vez que venho, é muita emoção.
Estou amando! E o meu pedido é de paz para todos nós, muita união, muita saúde,
que é o mais importante”, dividiu.
Para incentivar a entrega de
presentes que não gerem poluição no oceano, o governo estadual promoveu ações
de conscientização, por meio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA) e da
Coordenação Geral de Políticas de Juventudes do Governo da Bahia (Cojuve),
distribuindo presentes ecológicos. Barquinhos biodegradáveis confeccionados a
partir da fibra da espada de São Jorge, desenvolvidos pelo estudante da rede
estadual Nicolas Moreira, também foram destaque da iniciativa do governo
baiano.
A ministra da cultura
Margareth Menezes marcou presença e lembrou que a pauta ambiental em festas
populares, como a de Yemanjá, é fundamental, não só para consagração de uma
memória cultural que respeita o meio ambiente, mas para a inclusão da cultura
no debate global sobre sustentabilidade.
“É uma tradição que traz a
força da cultura popular, da ligação com o sagrado, com os nossos ancestrais.
Mas esse momento, também, é para ampliarmos a nossa consciência e cuidado com a
natureza. Se vai colocar um presente [no mar], escolha o biodegradável. É
importante esse cuidado, até para vislumbrarmos um Brasil que não alcance o fim
do mundo. Esse é um esforço mundial para a gente salvar, principalmente, a
própria raça humana”, avaliou a ministra.
Esse ano, o Estado destinou
R$ 1,8 milhão para os festejos da rainha das águas. Pouco mais de meio milhão
somente para ações de promoção de práticas sustentáveis.