Hospital Ortopédico da Bahia é realidade e triplica vagas na Central de Regulação
Desde março de 2024, quando
foi inaugurado, o Hospital Ortopédico do Estado da Bahia (HOEB), gerido pelo
Einstein, já se consolidou como um marco na saúde pública brasileira. Segundo
dados apresentados pelo Governo do Estado com um balanço da unidade nesta
segunda-feira (20), em apenas dez meses, o HOEB reduziu o tempo de espera por
procedimentos ortopédicos em até 85%, triplicou as vagas disponíveis na Central
Estadual de Regulação (CER) e realizou mais de cinco mil cirurgias. Além disso,
o hospital contabilizou 74 mil atendimentos, incluindo consultas e exames de
imagem.
“Me alegrou bastante. Nós já
estamos chegando a quase seis mil cirurgias. Essa é uma meta muito importante.
Mas, temos um desafio e nós vamos ajustar isso. Muitas das coisas que nós
trabalhamos aqui de tecnologia, de monitoramento, a gente pode aplicar nos
outros hospitais do Estado da Bahia, a gente possa utilizar o modelo de
gestão”, indicou o governador.
O HOEB trouxe avanços
inéditos ao SUS na Bahia, como a introdução de hidroterapia, das artroscopias
de ombro realizadas diariamente e a implementação do exame de escanometria –
raio-X que fornece uma medição do corpo e dos membros do paciente – além de tratamentos
para condições raras, como a osteogênese imperfecta (doença dos ossos de
vidro). A unidade também realizou mutirões de cirurgias – tanto adultas como
pediátricas – e ambulatoriais, bem como procedimentos para correção de
escoliose, beneficiando 45 crianças somente no último semestre. Há também a
Terapia Assistida por Animais (TAA), estratégia que envolve a participação
ativa de animais em sessões terapêuticas conduzidas por profissionais de saúde,
como a cãoterapia.
“Nós conseguimos ofertar hoje
indicadores e números comparados com outros hospitais que efetivamente são
especializados em ortopedia no Brasil com resultados significativos. Quando a
gente compara com hospitais de São Paulo, por exemplo, nós já conseguimos
atingir uma produção cirúrgica maior do que eles, mesmo que eles tenham uma
quantidade de sala cirúrgica maior. Então, efetivamente, o que a gente faz aqui
é a eficiência na gestão pública dentro de um hospital 100% SUS, ofertando
qualidade, atendimento humanizado, sobretudo a essa população”, destacou a
secretária Roberta Santana.
A gestão da unidade é
realizada pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, que
imprime sua expertise no atendimento de alta complexidade. O diretor médico da
organização, Roger Monteiro, ressalta o compromisso de levar excelência à saúde
pública do Estado.
“Essa parceria permite aos
pacientes terem acesso a materiais, equipamentos públicos que antes não estavam
disponíveis e, principalmente, a quantidade de vagas que a gente tem feito a
diferença nesses dez meses”, pontuou o diretor médico.