Prefeitura de Salvador ultrapassa marca de 1 mil casas reformadas pelo Morar Melhor em Valéria
Mudar de vida sem mudar de
endereço: essa passou a ser a realidade de centenas de famílias da comunidade
de Nova Canaã, no bairro de Valéria, que tiveram as suas casas reformadas pela
Prefeitura de Salvador através do Morar Melhor. O prefeito da capital baiana,
Bruno Reis, visitou a localidade na manhã desta segunda-feira (20) para fazer a
entrega de mais 150 residências beneficiadas em mais uma etapa do maior
programa habitacional do país.
A iniciativa acontece pela
terceira vez em Valéria, contabilizando agora 1.078 habitações requalificadas.
O Morar Melhor tem como objetivo realizar reformas estruturais e oferecer
condições dignas de moradia para as famílias, promovendo melhorias como pintura,
troca de portas e janelas, revestimento de paredes, telhados e instalações
elétricas. Os próprios moradores escolhem quais serviços serão realizados.
Em seu discurso, Bruno Reis
destacou que Valéria tem sido um dos bairros mais beneficiados pelo programa.
“Das 55 mil casas reformadas nos últimos 10 anos, mais de 1 mil estão aqui
nesta localidade. O Morar Melhor é um programa extraordinário, e é sem sombra
de dúvidas o programa mais desejado e mais pedido pelas pessoas. Por onde quer
que a gente ande nessa cidade, as pessoas pedem pela chegada do Morar Melhor, e
as inaugurações são sempre assim, muito emocionantes”, disse.
Entre as beneficiadas desta
terceira etapa em Valéria está Márcia Maria dos Santos Reis, de 46 anos,
que mora com os três filhos: Rute (22 anos), Davi (21) e Noemi (14). Viúva, ela
sustenta a família com a pensão deixada pelo esposo. Antes das reformas a sua
casa sofria com infiltrações graves e não possuía rede elétrica adequada, com
fiações expostas. Além disso, não tinha reboco e nem pintura.
“Eu creio que foi a permissão
de Deus, ter a minha casa escolhida. Se colocassem apenas a minha porta e a
janela da frente, como eu precisava, eu já ia ficar muito feliz. Mas, fizeram
muito mais. Eu fiquei muito contente. Eu só tinha energia mesmo na cozinha e na
sala, porque nos outros cômodos não tinha. Agora, tá em tudo”, disse Márcia.
Ela disse que quer reunir
familiares para celebrar a casa nova: “Já mandei mensagem para virem me
visitar, porque agora está tudo arrumadinho. A minha vontade é receber todo
mundo aqui. Fazer uma reforma completa estava muito distante da realidade,
porque estou desempregada e vivo apenas da pensão”, completou a moradora.
Benefícios – O
prefeito Bruno Reis lembrou que, nos últimos 10 anos, o Morar Melhor não foi o
único programa municipal a beneficiar a população de Valéria. “No passado, esta
área da cidade queria pertencer ao município de Simões Filho, porque a
Prefeitura de Salvador não se fazia presente aqui. Não tinha equipamentos
públicos, aqui a coleta de lixo mal chegava e a iluminação não atendia aos
moradores. Nós mudamos essa realidade ao longo da última década”, lembrou em
discurso.
“Valéria é testemunha das
transformações que nós realizamos em Salvador nos últimos anos, desde a
abertura de uma grande via, a Via Bronze, para ligar Nova Brasília de Valéria a
Valéria e, naturalmente, à BR-325. Onde não tinha asfalto agora tem asfalto, a
iluminação é toda em LED, temos várias praças inauguradas, vários campos com
grama sintética e vários equipamentos públicos, como escolas e postos de saúde.
Porém, não tem nada mais importante para o ser humano do que a sua casa, e aí a
Prefeitura consegue chegar tocando no coração das pessoas através do Morar
Melhor”, completou Bruno.
Desde o seu lançamento, em
2015, o Morar Melhor já beneficiou 54.598 famílias em Salvador. Francisco
Torreão, titular da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra),
pasta responsável pelo programa, lembrou que, além das reformas, as famílias
são inseridas nos programas sociais do município.
“Esse programa muda a vida
das pessoas trazendo dignidade, aumenta a autoestima da família. Antes da
execução das obras, a gente tem um trabalho super importante, que é o trabalho
de identificação dessas casas com um time, um time do cadastro, composto por
uma equipe de assistentes sociais e psicólogos preparados. Neste trabalho de
identificação, a gente acaba percebendo muitas necessidades, sendo uma porta de
entrada da Prefeitura para outros serviços de saúde, educação e assistência
social”, disse Torreão.
A seleção segue como
precariedade dos bairros, baseado em dados do IBGE e na observação de campo;
áreas com maior predominância de domicílios com alvenaria sem revestimento; com
maior predominância de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza e com maior
incidência de mulheres chefes de família, entre outros requisitos. Não são
contemplados imóveis em situação de risco, imóveis de aluguel ou famílias que
apresentem renda superior a três salários mínimos.