Projeto valoriza agricultura sustentável e cultura quilombola em Igaporã
As práticas de agricultura
sustentável e a preservação da rica cultura da Comunidade Quilombola da
Lapinha, localizada no município de Igaporã, pertencente ao Território de
Identidade do Sudoeste Baiano (NTE 20), têm sido o foco de um projeto
desenvolvido por estudantes do Colégio Estadual de Tempo Integral de Igaporã.
Intitulado “A agricultura sustentável da Comunidade Quilombola da Lapinha do
município de Igaporã”, o trabalho visa conscientizar sobre a importância da
sustentabilidade e o impacto direto que essas práticas têm na segurança
alimentar e na valorização cultural da comunidade.
A iniciativa tem como
objetivo identificar as espécies cultivadas pelos agricultores e documentar as
técnicas sustentáveis utilizadas no processo agrícola. Foram realizados um
levantamento das espécies cultivadas pelos agricultores da comunidade e uma documentação
das técnicas sustentáveis utilizadas no processo agrícola. Os estudantes
visitaram a comunidade para observar as práticas de cultivo, entrevistar os
agricultores e registrar como essas técnicas contribuem para a preservação
ambiental e o equilíbrio ecológico.
“Queremos que as pessoas
conheçam a riqueza da cultura quilombola e percebam como o cultivo dos
alimentos influencia o nosso cotidiano e o meio ambiente”, explica Maria Clara
Barros Guedes, 17 anos, uma das estudantes participantes.
A ideia do projeto surgiu a
partir do Edital Makota Valdina, que é uma parceria entre as secretarias
estaduais de Educação (SEC) e da Promoção da Igualdade Racial e de Povos e
Comunidades Tradicionais (Sepromi) e promove a valorização das culturas africana,
afro-brasileira e indígena. Além disso, o projeto se alinha aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente os relacionados à
sustentabilidade e preservação ambiental. Para a equipe, o projeto é uma
maneira de conectar ciência, cultura e práticas sustentáveis, promovendo um
entendimento mais profundo sobre como a comunidade pode preservar sua
identidade e, ao mesmo tempo, cuidar do meio ambiente.
Além de Maria Clara, outras
quatro estudantes fazem parte da iniciativa: Géssica da Silva Oliveira de Brito
(18 anos), Sarah Fernandes Amaral da Silva (17 anos), Raquel Pereira da Silva
(18 anos) e Kércia Kelly Silva Lima (18 anos). Sob a orientação da professora
Poliana Cardoso, o grupo inscreveu o projeto na Feira de Empreendedorismo
Social e Inovação da Bahia (Feciba). Após a Etapa Regional, que aconteceu no
município de Vitória da Conquista, o projeto foi selecionado para a Etapa
Estadual do Encontro Estudantil, realizado em Salvador. “Foi uma experiência
nova e muito incrível. Tivemos a oportunidade de adquirir muito conhecimento e,
também, compartilhar o que sabíamos”, relata Maria Clara.
A estudante conta que a
experiência com o projeto tem sido enriquecedora. “Este projeto me proporcionou
grandes aprendizados sobre a cultura local, as técnicas agrícolas e a
importância de preservar as tradições que foram passadas ao longo das
gerações”.