Revisão da vida toda no INSS tem votos contrário dos ministros
Durante o domingo (25),
Cármen Lúcia, juntamente com os ministros Kassio Nunes Marques, Flávio Dino e
Cristiano Zanin, votaram de forma contrária aos recursos que defendiam a
revisão da vida toda no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa revisão
propunha que aposentados pudessem solicitar o recálculo de seus benefícios com
base em todas as contribuições feitas ao longo de suas vidas. Os ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram manter o julgamento de março deste
ano, que derrubou essa possibilidade.
Os embargos de declaração
apresentados solicitaram aos ministros que reconsiderassem e mantivessem a
decisão de 2022, na qual o tribunal reconheceu o direito dos segurados do INSS
de optar pela regra previdenciária mais vantajosa diante das mudanças nas regras.
Um dos recursos foi
interposto pelo Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev), questionando os
cálculos apresentados pelo governo, que indicavam um custo de aproximadamente
R$ 480 bilhões até a extinção de todos os benefícios elegíveis. Já os cálculos
encomendados pelo instituto apontaram despesas na ordem de R$ 3,1 bilhões.
Além disso, a Confederação
Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) também recorreu, solicitando que
os ministros reconsiderassem a decisão de março com base nos dados do Ieprev.
Caso a revisão não seja aprovada, a CNTM pede que os beneficiários que já
ingressaram com ações judiciais tenham seus benefícios ajustados e recebam os
valores atrasados a que têm direito.
No momento, os ministros
estão analisando dois embargos de declaração contrários à decisão tomada em
março deste ano, na qual foi revogada a medida de dezembro de 2022. O
julgamento teve início na sexta-feira (23/8) e tem previsão para encerrar no
dia 30.
O relator dos embargos é o
ministro Nunes Marques, que, em seu voto, não acatou o recurso do Ieprev e
negou o pedido da CNTM. Sua posição foi acompanhada por Zanin, Dino e, mais
recentemente, por Cármen Lúcia.