Governo Federal faz destinação de recursos diretamente às escolas
Governo Federal, por meio do
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, do Ministério da Educação
(FNDE/MEC), publicou nesta segunda-feira, 19 de agosto, duas resoluções que
tratam da destinação de recursos para o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)
nas modalidades Programa Escola e Comunidade (Proec) e PDDE Equidade.
O Proec visa fomentar a
parceria entre a escola, a família e a comunidade, na perspectiva da educação
integral, por meio da participação de estudantes, profissionais da educação,
familiares e membros da comunidade em projetos de formação que envolvam a promoção
da cidadania; da cultura de paz; da democracia; e da melhoria da qualidade da
educação pública brasileira.
"O PDDE Escola e
Comunidade é uma estratégia fundamental dentro do Programa Escola e Comunidade,
que garantirá o financiamento de projetos de formação em mais de 26 mil escolas
em todo o Brasil. Uma das ações previstas nesses projetos é a realização de
oficinas sobre prevenção a violências. Com isso, mais de 65% dos municípios
brasileiros terão, ao menos, uma escola engajada em debates sobre essa
importante temática”, afirma a secretária de Educação Básica, Kátia
Schweickardt.
Já o PDDE Equidade, criado
pela nova norma, consiste na destinação anual de recursos financeiros, em
caráter suplementar, às escolas públicas de educação básica, com o propósito de
aprimorar as condições de oferta e a infraestrutura física e pedagógica das
escolas para garantir o direito à educação a todos os estudantes, a superação
das desigualdades educacionais e a promoção da diversidade.
"A grande novidade
dentro do PDDE Equidade são as faixas voltadas à diversidade. Elas têm a função
de tentar induzir ações pedagógicas dentro das escolas, como a implementação
das diretrizes da educação para as relações étnico-raciais nas escolas e também
para a educação escolar quilombola. As escolas que vão receber esses recursos,
por exemplo, são aquelas que apresentarem maior desigualdade de aprendizagem
entre crianças negras e brancas”, explica a secretária de Educação Continuada,
Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do MEC, Zara
Figueiredo.
Ela acredita que, para
estabelecer condições mais igualitárias na educação, é preciso não só de um
projeto político-pedagógico voltado a isso, mas também de investimento
financeiro. “É preciso pensar o que a equidade significa do ponto de vista de
organização da sala de aula, da formação de professores, de organização do
currículo. Mas é preciso também colocar uma concepção de equidade por trás dos
recursos financeiros que chegam até a escola”, defende.