Agroindústria familiar comunitária transforma comunidade de Santo Antônio de Jesus
Na comunidade de Sapucaia, no município de Santo Antônio de
Jesus, a Associação de Agricultores da Comunidade da Sapucaia vem transformando
a realidade local com a força do trabalho coletivo e o apoio de políticas
públicas voltadas à agricultura familiar. Composta por 118 associados, a
maioria dos quais mantém quintais produtivos, o grupo não apenas está ajudando
a fortalecer a economia local, mas também está fazendo a diferença no combate à
fome.
Há pouco
mais de um ano, a comunidade deu um salto significativo com a inauguração de
uma agroindústria de beneficiamento de mandioca, com modernos equipamentos, a
exemplo de amassadeira, forno, batedeira, divisora de pães, e até um caminhão
para logística, entregues pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de
Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). Antes dessa conquista, a produção de
pizzas, sequilhos e bolos era realizada de forma manual e em condições
improvisadas na casa de uma das associadas. Com a nova infraestrutura, a
produção foi ampliada e passou a atender demandas de programas governamentais e
ao comércio local.
Sob a liderança da presidente Ana Paula Peixoto, a agroindústria
agora produz cerca de dois mil pães por semana, entre tradicionais, doces, de
sal, de milho, batata e aipim. Os produtos são comercializados com o nome Sabor
do Recôncavo, não só na própria comunidade, mas também em feiras regionais e
através de programas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o
Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Além dos pães, a broa de
tapioca, uma criação original do grupo, e os sequilhos de aipim, que são
fornecidos para o Pnae, destacam-se como os principais carros-chefes da
produção.
Ana Paula
destaca a importância do suporte recebido: “sem a cozinha comunitária, fazíamos
uma produção menor, manual e em espaços improvisados. Com os maquinários que
recebemos, conseguimos melhorar e aumentar nossa produção. A cada dia que
passa, vejo que estamos avançando, e isso garante uma melhor sobrevivência para
os agricultores e uma maior circulação de recursos para todo o município.
Quando a comunidade ganha, todo o município ganha, porque faz a economia
girar”.