Programa Florestas Produtivas permitirá mais alimentos e restauração florestal no país
Ministério do Desenvolvimento
Agrário e Agricultura Familiar (MDA) lançou hoje (3/7) o decreto do Programa
Nacional de Florestas Produtivas que, em parceria com o Ministério do Meio
Ambiente e Mudanças do Clima (MMA), tem como objetivo a recuperação de áreas
degradadas para fins produtivos, para regularização ambiental da agricultura
familiar, contribuindo para a ampliação da capacidade de produção de alimentos
saudáveis e de produtos da sociobiodiversidade.
O público do programa serão
os agricultores e agricultoras familiares, incluindo os de assentamentos da
reforma agrária e de territórios de povos e comunidades tradicionais. Além da
produção de alimentos e geração de emprego e renda, a iniciativa também contribuirá
para o cumprimento das metas nacionais e internacionais de enfrentamento às
mudanças climáticas.
A base do programa é a
Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para as famílias beneficiadas, que
está associada à produção agroalimentar sustentável e, posteriormente, a
equipamentos coletivos para a formação de cadeias produtivas. Outro aspecto fundamental
é a linha Pronaf Floresta, que possibilitará o restauro produtivo com qualidade
e eficiência. As novidades dessa linha são o aumento de limite de financiamento
de R$ 80 mil para R$ 100 mil e a redução da taxa de juros de 4% para 3% ao ano.
Como forma de solidificar os
conhecimentos agroflorestais na prática dos agricultores e das agricultoras, o
programa criará as chamadas Casas da Floresta, além de viveiros comunitários e
de unidades populares de referência tecnológica. As Casas da Floresta consistem
na estruturação de espaços pré-existentes, como escolas rurais ou centros de
convivência, para construção e socialização de conhecimento.
Os viveiros comunitários são
espaços que receberão instalações de bancos de sementes e cultivo de viveiros
de mudas para uso das famílias beneficiadas pelo programa. Por fim, as unidades
populares de referência tecnológica têm a proposta de ser áreas de cultivo
demonstrativas para prática das famílias.
“O programa vai fomentar
processos de restauração produtiva em estabelecimentos rurais da agricultura
familiar, assentamentos da reforma agrária e territórios de povos e comunidades
tradicionais nos seis biomas brasileiros”, explicou o ministro do Desenvolvimento
Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.