Pacheco se reúne com governadores e negociação das dívidas avança
O presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniu nesta terça-feira (2) com governadores e
com integrantes do governo federal para buscar um consenso sobre a proposta de
renegociação das dívidas dos estados com a União. Somada, a dívida de todos os
estados e do Distrito Federal é estimada em R$ 764,9 bilhões. A expectativa é
de que um projeto de lei complementar seja apresentado antes do recesso
parlamentar de julho.
Mais tarde, Pacheco se reuniu
com o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (S/Partido-AP);
com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; e
com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, para
negociar a proposta junto ao governo. Os detalhes da negociação serão
informados em uma entrevista coletiva na quarta-feira (3).
À tarde, a reunião foi com os
governadores de Minas Gerais, Romeu Zema; do Rio de Janeiro, Claudio Castro; e
do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, além do vice-governador de São Paulo,
Felício Ramuth (PSD). Somente a dívida desses quatro estados responde por
quase 90% do total (R$ 683,9 bilhões). Também participou da reunião o
governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
Uma das frentes da proposta é
a redução dos juros. Atualmente, a dívida é corrigida pelo IPCA, que mede a
inflação, mais uma taxa de 4%. Os governadores defendem a mudança da taxa para
1% além do IPCA. De acordo com Ronaldo Caiado, em 2015, a dívida de todos os
estados brasileiros era de R$ 283 bilhões de reais. Cinco anos depois, com o
atual indexador, a dívida chegou a R$ 584 bilhões.
Não é possível ter um
indexador onde você paga em dia as parcelas e essa dívida aumenta, isso não
existe. Não pode ter um nível de agiotagem como esse de você ter um
aumento exponencial em que uma dívida de R$ 200 bilhões passa para R$ 500
bilhões, isso não é justo disse o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que
elogiou a iniciativa de Pacheco.
Em entrevista em junho, o chefe da Secretaria de Relações Institucionais
da Presidência da República, ministro Alexandre Padilha, falou sobre a conversão dos juros em
investimentos no próprio estado nas áreas de educação,
infraestrutura e segurança pública. Uma pequena parte do valor também seria
destinada a um fundo nacional que destinaria recursos para todos os estados.
Fonte: Agência Senado