Rússia acusa por ataque bárbaro governo dos EUA
A Rússia acusou diretamente
os Estados Unidos pelo que chamou de “ataque bárbaro” promovido pela Ucrânia
contra uma praia ao norte de Sebastopol, a principal cidade da Crimeia,
península ucraniana anexada por Vladimir Putin em 2014.
Para completar o ambiente de
escalada nas tensões entre Moscou e Washington no contexto da Guerra da
Ucrânia, o Kremlin confirmou também nesta segunda (24) que Putin ordenou a
revisão da doutrina nuclear russa, o que provavelmente irá facilitar o emprego
de armas deste tipo.
Desde os momentos mais
críticos da Guerra Fria, não havia um clima tão degradado entre os países que
somam 90% das ogivas nucleares do mundo. Os recentes avanços russos e
autorização ocidental para que os ucranianos ataquem o solo do vizinho com suas
armas elevaram o patamar da tensão.
A ação ocorrida neste domingo
(23/06) é ilustrativa. Ao menos 4 pessoas morreram, 2 delas crianças, e 151
ficaram feridas no ataque, que pegou veranistas de surpresa por volta do
meio-dia (6h em Brasília),
como vídeos em redes sociais russas mostraram.
Foram disparados, segundo o
governo local, ao menos oito mísseis de precisão ATACMS americanos. O
governador de Sebastopol disse que a maior parte deles foi abatida, mas os
destroços atingiram a praia lotada de veranistas.
O porta-voz do Kremlin,
Dmitri Peskov, chamou a ação de “ataque bárbaro” e a chancelaria convocou o
embaixador americano. Mais tarde, o ministério disse que a ação dos ucranianos
não apenas empregou armas americanas, mas também foi coordenada por informações
de satélites dos EUA e de um drone de reconhecimento de Washington que estava
perto da costa da Crimeia.
“O envolvimento dos EUA nos
combates, resultando na morte de russos pacíficos, não pode ficar sem
consequências”, disse Peskov.
Até aqui, era sabido que a
área de inteligência americana fornecia coordenadas para Kiev,