Governo Federal lança projetos para dar mais segurança à atuação policial e melhorar a qualidade de vida dos profissionais
O ministro da Justiça e
Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, lançou nesta terça-feira, 28 de maio,
duas medidas para dar mais segurança à atuação policial e melhorar a qualidade
de vida dos profissionais da área. Com a portaria que estabelece as diretrizes
sobre o uso de câmeras corporais pelos órgãos de segurança pública, o Governo
Federal padroniza a utilização da tecnologia no Brasil, aumenta a transparência
e a proteção dos policiais e dos cidadãos. Já o documento que instala o projeto
Escuta Susp vai promover a saúde mental dos profissionais da área em todo o
país.
"Parece
que esse texto [que estabelece as diretrizes sobre o uso de câmeras corporais],
e não quero pecar contra a modéstia, é um salto civilizatório. É um salto
civilizatório no que diz respeito à garantia dos direitos fundamentais das
pessoas, da segurança dos agentes policiais e também, ínsito na filosofia que
norteou a edição desse texto, está também um incentivo ao emprego da violência
diferenciada, mediante o emprego de armas não-letais", destacou.
O principal
objetivo das câmeras corporais é garantir, simultaneamente, eficácia
profissional e respeito aos direitos e às garantias fundamentais. As diretrizes
do Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre o uso dos equipamentos
estabelecem 16 circunstâncias em que os equipamentos devem estar,
obrigatoriamente, ligados.
São
elas:
- no
atendimento de ocorrências;
- nas
atividades que demandem atuação ostensiva, seja ordinária, extraordinária
ou especializada;
- na
identificação e checagem de bens;
- durante
buscas pessoais, veiculares ou domiciliares;
- ao
longo de ações operacionais, inclusive aquelas que envolvam manifestações,
controle de distúrbios civis, interdições ou reintegrações possessórias;
- no
cumprimento de determinações de autoridades policiais ou judiciárias e de
mandados judiciais;
- nas
perícias externas;
- nas
atividades de fiscalização e vistoria técnica;
- nas
ações de busca, salvamento e resgate;
- nas
escoltas de custodiados;
- em
todas as interações entre policiais e custodiados, dentro ou fora do
ambiente prisional;
- durante
as rotinas carcerárias, inclusive no atendimento aos visitantes e
advogados;
- nas
intervenções e resolução de crises, motins e rebeliões no sistema
prisional;
- nas
situações de oposição à atuação policial, de potencial confronto ou de uso
de força física;
- nos
sinistros de trânsito; e
- no
patrulhamento preventivo e ostensivo ou na execução de diligências de
rotina em que ocorram ou possam ocorrer prisões, atos de violência, lesões
corporais ou mortes.